domingo, 21 de abril de 2024

HAJA-SE LUZ!

HAJA-SE LUZ!

Hoje careço de escrever poesia
Para me despir desta mundana cacofonia
Que impregnou o meu ser,
Pretendo repelir meu crescer...

HAJA-SE LUZ!

Não tenho medo do escuro;
Mas deixe as luzes acesas...
Pois não há fenda, ou vão, para o futuro
E o hoje me finda a certeza...

HAJA-SE LUZ!

Não desejo me tornar escravo de meus desejos;
Não quero ser capacho do que não pego e não vejo...
Não posso ficar nas trevas do ensejo..,
Lá, eu me esqueço...

HAJA-SE LUZ!

Com versos, me desvio dos problema
E converso com Deus neste poema;
Mas Ele só me responde aquele verso,
Que foi o princípios de tudo e clareou o universo: 

HAJA-SE LUZ!


RAFAEL LUIZ SANTOS

       

quinta-feira, 11 de abril de 2024

Barco

Sou tudo,
Menos um homem;
É só cavar fundo,
Que os pelos somem...

Sou um barco
A espera de uma capitã
Num cais,
Lagardo, 
Nas ondas vãs 
Dos desejo carnais!

Tá certo, 
Tenho um defeito na proa...
Mas você nem chegou perto 
Pra ver se as velas são boas;
Pra ver se o vento voa
E bate nelas,
Nos atirando no mar,
A fim de pintar nossas telas,
Num amor, num arfar!

Rafael Luiz Santos 

segunda-feira, 25 de março de 2024

Após as tristezas

A dor na alma arde mais 
Que uma queimadura na pele 
No que, jamais,
A minha armadura repele...

O ser continua a andar 
Na margem das emoções,
Num tortuoso altar 
De tentações;

Coisas vãs, 
Que embolamos 
Feito lã 
Na alma...

Mas calma,
Ainda há luz do dia ,
Ainda há o sol, 
Após a noite de melancolia;

Ainda há um arrebol:
É a esperança que corre 
Em mim 
E nunca morre 
No hiato do fim...

Rafael Luiz Santos 

domingo, 17 de março de 2024

Inferno

Se arrepender é um INFERNO,
Com demônios internos,
Que não matam,
Mas assombram 
O ser 
Até enlouquecer;
É ser enterrado vivo
Com o caixão cheio de serpentes,
Que devoram o corpo inativo, 
Deixando a mente doente 
E abrindo o caminho para a escuridão;
É um transcender ao um mundo abismal, 
Descolor e  colossal,
Onde só há lama 
E  expectativas mortas;
É leito, é cama 
De manias tortas...
Um verdadeiro laboratório do diabo,
Que rosna, urra e faz chiado 
Ao pé do ouvido;
Exocize esse daemon agora!
Exocize! Chegou a hora!

Rafael Luiz Santos 

quarta-feira, 13 de março de 2024

O que poderia ter sido, Só que não

O que poderia ter sido 
Se ele tivesse nascido 
Um caminhante?
Será que seria um errante, 
Por isso que veio um cadeirante?
Seria ele um galante 
Indecente?
Isso explicaria ele ser um deficiente 
No celibato?
Ele armaria uma cama de gato 
Para quem o  amasse? 
Seria um manipulador e daria ataques 
Com sua inteligência?
Usaria a negligência
Como castigo?
Seria amiga 
De pessoas no poder?
E nos roubaria no esconde 
De sua hipocrisia?
Não escreveria poesia?
Só demagogia 
Num livro de coaches?
Maltratarias as pessoas 
Com esmurros e coices?
Se enfurecia à toa?

Não acredito em nada disso,
Caro leitores.
São alguns rumores, 
Tortas justificativas .
Que ouvia quando criança 
Para tentar explicar a falta de expectativa.

Rafael Luiz Santos 

sexta-feira, 1 de março de 2024

SEM ESCREVER?

Não é um bloqueio,
Só ponderação;
Pra identificar o devaneio
Que está em ação
No momento...

Não é nada, é tudo...
Talvez suma com vento...
Houve pior, não é o fim do mundo... 

É obscuro e tenho medo;
Mas não é o Cthulhu nem o Gato Preto;
É do tamanho de Adamastor;
Não maior que eu;
É um Prometheu
Sem fogo e com calor;
É um desejo, uma fantasia,
Um morcego, um corvo,
Que devora minha poesia; 
Não é de alma, é de corpo...

Rafael Luiz Santos     

terça-feira, 13 de fevereiro de 2024

UM GATO

Um gato roubou-me o riso
Quando confirmou-me os riscos
Que eu corria
Após fazer a cirurgia...

Ora, gato, não tens empatia?
Não me paras de miar ao ouvido:
''TU SABIAS''.
''TU SABIAS''.
Basta, anjo corrompido!

Não posso voltar o tempo...
Não quero dizer que me arrependo...
Intercalei, nas pontas dos teus ronrons,
Que isso não foi bom...

RAFAEL LUIZ SANTOS

terça-feira, 16 de janeiro de 2024

NOTAS SEM INTERVALOS

Começo e fim 
Não e sim
Dicotomia? 
A mesma moeda 
O Mundo é assim 
Depois da queda.
Vem o equilíbrio 
É um alívio  
Depois da fatalidade 
Vem a aceitação 
De uma decepção 
Que te surrou 
No meio do caminho 
Mas você não surtou 
Sozinho
Tudo fora uma brincadeira de mau gosto da vida
Mas não uma luta perdida
Só o primeiro round
Não precisa chutar o balde 
Nem jogar a toalha
Pois a vitória não escorre da calha
De graça
Deverá socar a massa
Repetidamente
Até sair o galardão
Você consegue
Eu consigo
Nós somos semelhantes a Deus, varão...

Rafael Luiz Santos


HAJA-SE LUZ!

HAJA-SE LUZ! Hoje careço de escrever poesia Para me despir desta mundana cacofonia Que impregnou o meu ser, Pretendo repelir meu crescer... ...