domingo, 24 de outubro de 2021

RESENHA: POESIA REAL DE RAQUEL LOPES

     

''POESIA REAL'' é o livro de estreia da minha grande amiga, escritora de livros infantis, poetiza, autodidata, pernambucana, formada pela escola da vida, autora premiada, recentemente, pelo Prêmio Internacional Era Uma Vez,  Raquel Lopes.

Raquel, com sua lírica otimista e sublime,  nos mostra, neste lindo livro de poesias, a majestosa simplicidade da vida. Através de poemas em versos livres, que parecem  bons amigos  a nos abraçar, com ternura, consolo e amor, a autora fotografa  as nuances internas e externas de seu Eu, a mesclar-se com as de pessoas próximas e situações vividas por ela.

Além disso, há um enorme amor e respeito pela natureza em sua poética, como este poema  na contracapa:     

‘’ Amar a natureza’’

‘’ Amar a natureza nas verdes folhas poéticas minhas.

 Na vegetação nativa  do dia.

No clima a falar somente amor pela vida

Contudo, o que nós fazemos neste momento?

Destruindo tudo a favor da riqueza de poucos,

Acabando com a vida de muitos.

O barulho é resultado do que fomos,

A cor do dia resulta quem  realmente somos.

Não iremos sobreviver como antes,

Despreocupadamente.

Onde está o espírito de Harmonia?

Harmonia no amor que gerou toda vida.

Amar a natureza traduz esta simples poética

No estilo de vida com total maestria.’’

É com esta ‘’ maestria ‘’ que Raquel nos dá uma lição de como cuidar da natureza e de nossos semelhantes.

Além de poemas, o livro contém frases poéticas muito profundas, com um lirismo reflexivo, como este na página 30:

‘’ ONDE O REMÉDIO NÃO CHEGA,

O CARINHO TERNO VAI LÁ...

E ARRUMA, 

E AJEITA,

E CURA.’’

                    Raquel carrega consigo a ciência que a felicidade não está no ‘’TER’’,  mas no ‘’SER’’: SER AMÁVEL, SER GENTIL, SER EMPATICO, SER O MELHOR DE  SI MESMO TODOS OS DIAS ATÉ O FIM...

Por isso, recomendo este livro para todos.        

               .Rafael Luiz Santos 

 

 

      


quarta-feira, 20 de outubro de 2021

Dueto com a solidão

Permeado por trevas antes da alvorada,
Olhando pro teto, olhando pro nada, 
Enquanto a solidão ri da minha cara...
A gargalhada não cessa, a gargalhada não para!

Enquanto ela ri, 
Da sua goela sai todas as coisas que perdi, 
Tudo aquilo que não vivi,  

Das águas que não beberás, 
Da sede que não saciarás!
De nada adianta dedilhar 
Ou procurar neste celular,
Tu  nunca as terás!

Nenhuma Perséfone cairá no teu submundo, caro Hades...
Nenhuma por ti de desejo arde.
Tu és apenas um vampiro sedento,
Um barco sem velas ao relento...

Basta, solidão!
Cala-te em meio a esta canção!
Pois já amanheceu,
O sol está matando o seu breu...
E, mais um dia, a Esperança sobreviveu!

Rafael Luiz Santos

HAJA-SE LUZ!

HAJA-SE LUZ! Hoje careço de escrever poesia Para me despir desta mundana cacofonia Que impregnou o meu ser, Pretendo repelir meu crescer... ...