domingo, 30 de julho de 2023

CURAM-SE AS FERIDAS

Curam-se as feridas;
Não foi uma luta perdida;
É só o começo...

No silêncio
Das fragilidades,
Me estremeço,
Pois o tempo come minha idade...

Vil é o desejo
Que cospe as vontades na cara
E vira ansiedade e não para 
De me afogar em suas águas fedidas...

Curam-se as feridas,
Que ao amanhecer, 
Estou forte...
Sem esquecer
A sorte...

Curam-se as feridas, Jeová...
Aonde quer  que  eu vá,
Seja pra rua,
Seja pra lua,
Eu irei me regenerar...    


        Rafael Luiz Santos




quinta-feira, 13 de julho de 2023

BORBOLETA

A borboleta que pousa na flor
Sou eu, meu amor,
Em ti...

Nunca senti
Um tão saboroso néctar como o seu;,
É um amor que ninguém prometeu...

É simples e inocente,
Não se pensa, só se sente...
Vem de Deus, da Natureza...

É a mais pura Realeza 
De reinos verdejantes,
Cósmicos e radiantes...

Que remetem muitas vidas
De vindas e despedidas,
De saídas e chegadas...

Sem rastros, sem pegadas,
A gente sempre se encontra
Num conto que não se conta...
             
Onde, num loop temporal,
Ficamos presos
Neste nosso louco normal...

É o leve peso
Da borboleta
Sobre a flor vermelha anacoreta...


Rafael Luiz Santos 

          

quinta-feira, 6 de julho de 2023

Amor

Sou o amor 
Que não se  pensa,
Como um frescos 
Que não dispensa 
Refrescar a sua  alma 
Nas manhãs de domingo
Com paciência e calma;
Deixa  comigo,
Que eu acalento tudo 
E mergulho no fim  do mundo 
Com você!

Sou o amor que  não quer crescer, 
Que sobreviveu à paixão, 
O que permaneceu daquela explosão...

Sou o amor com ar de amizade,
Aquele que já tem a vaidade 
De te pertencer,
Que te ama e respeita de verdade,
Com o jeito fraterno de ser..

Sou o amor experiente,
Aquele que não mente;
Sou o amor que já envelheceu
E não me importa louca juventude 
Que já morreu...
Me importo só com as atitudes 
Que fiz ao teu lado;
E, graças a isso,
Sou um amor eternizado!

Rafael Luiz Santos 

segunda-feira, 3 de julho de 2023

Atleta

Há muito tempo,
Corria de mão em mão,
Mas meu coração 
Não andava nelas;
Era livre  como o vento,
O ego era meu templo 
De  perdição com elas...
Já Você é daquelas 
Que eu corro,
Que eu morro,
Pra não te perder;
Agora que consegui crescer,
Você quer me  largar?
Não dá pra me amar 
Mais um pouquinho?
Não quero envelhecer sozinho...
Me recuso a ser libertino 
E virar um menino 
Sem dona 
Novamente!
Não quero retomar essa maratona!
Só de pensar, me dói a mente...
É uma jornada delinquente
No  vácuo da madrugada,..
É ter tudo e nada...
Um sonho imbecil 
De gente vil 
E fútil...
Quero ser um homem útil!
Basta de sacanagem
Chega de libertinagem!
Isso fica no passado....
Se não for você, 
Outra vai ficar do meu lado!
Porque sou atleta,
Sou poeta 
E pateta?
Eu sou o campeão perdedor,
O grande (pe)pecador!


Rafael Luiz Santos 

HAJA-SE LUZ!

HAJA-SE LUZ! Hoje careço de escrever poesia Para me despir desta mundana cacofonia Que impregnou o meu ser, Pretendo repelir meu crescer... ...