De súbito, tudo se clareia no seu chegar...
Todas as luzes voluptuosas se ascendem sobre nós,
fazendo de nossos corpos um extremo dia de verão,
com chuvas de suor à tarde...
Entre os lençóis, somos dois, somos um...
E, com nossos corpos entrelaçados,
imitamos animais, números e movimentos de gangorra.
A trocar gemidos um com outro,
dialogamos por meio de beijos andarilhos e mordidas ardilosas...
Xiiisss!!
Ninguém escuta, minha linda.
Nossa cama é surda...
Nossa kama é sutra...
É um templo de cultos profanos onde rezamos pra espantar demônios rotineiros...
É um cavalgar em pleno meio-dia num fervoroso agreste...
Ô, peste!
Num jogo de vai e vem constante, pele com pele, dorso com dorso,
intensificamos mais a nossa dança... com coreografias mais tensas, mais bruscas...
Uma sublime selvageria...
A fim de alcançar o nirvana, o monte Fuji e o Everest...
Ô, peste!
Bendito seja Eros...
Finalmente... a gente chega ao gozo deleite..
Rafael Luiz Santos
A vida é a arte do encontro , embora haja tanto desencontro pela vida temos a arte para não morrer da verdade... Vinícius De Moraes
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