sexta-feira, 14 de fevereiro de 2020

De súbito, tudo se clareia no seu chegar...

De súbito, tudo se clareia no seu chegar...
Todas as luzes voluptuosas se ascendem sobre nós,
fazendo de nossos corpos um extremo dia de verão,
com chuvas de suor à tarde...

Entre os lençóis, somos dois, somos um...
E, com nossos corpos entrelaçados,
imitamos animais, números e movimentos de gangorra.
A trocar gemidos um com outro,
dialogamos por meio de beijos andarilhos e mordidas ardilosas...

Xiiisss!!
Ninguém escuta, minha linda.
Nossa cama é surda...
Nossa  kama é sutra...
É um templo de cultos profanos onde rezamos pra espantar demônios rotineiros...
É um cavalgar em pleno meio-dia num fervoroso agreste...
Ô, peste!

Num jogo de vai e vem  constante, pele com pele, dorso com  dorso,
intensificamos mais a nossa  dança...  com coreografias mais  tensas, mais bruscas...
Uma sublime selvageria...
A fim de alcançar o nirvana, o monte Fuji e o Everest...
Ô, peste!
Bendito  seja  Eros...
Finalmente... a gente chega ao gozo deleite..

Rafael Luiz Santos

HAJA-SE LUZ!

HAJA-SE LUZ! Hoje careço de escrever poesia Para me despir desta mundana cacofonia Que impregnou o meu ser, Pretendo repelir meu crescer... ...