segunda-feira, 9 de janeiro de 2023

MÃE

O tédio fala pelos cotovelos,
Enchendo minha cabeça  de besteira 
De devaneios;
A tarde inteira 
Me impregna as ideias!
Acabou a aventura?
Virou uma epopeia 
Nas alturas 
Do passado,
Cantada por  nenhum   bardo 
Que  preste!
Ainda tem algo que me reste?
Estou só  e à toa, 
Como uma árvore podada pelas pessoas,
Pela vida,
Pela aquela palavra não dita...
E me perdi no meio de mim,
Fazendo o bem pelos meus amados, 
E me esquecendo a fim 
De consertar o  inconsertado...
Não me  arrependo!
E meu grito  ecoa ,
Assim como Fernando Pessoa:
Tudo vale a pena
Se alma não é pequena!

Rafael Luiz Santos 

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