quarta-feira, 2 de fevereiro de 2022

Velhas canções

Volto ao passado para recuperar o fôlego 
E dizer que  já foi pior 
E provar que estou melhor...

Quando caio no mar do ódio, 
O saudosismo é o meu ópio 
Onde a nostalgia
Me entretém com sua magia...

E vejo antigos risos,
Lembrando de antigos ritos
De bons momentos 
Entrelaçados no tempo...
Que se esfarelam ao vento...

Encontro sujeitos de outrora, 
Que não se encontram mais aqui nem agora.
Eram maus, eram bons;
Eram gente de todos os tons 
E cores,
Com seus fardos e dores....

Eram contraditórios, aos modos Machadianos:
Puros, simples, céticos, levianos; 
Me ensinando a amadurecer de ano a ano...
Cada um com seu jeito leigo, laico,
Remetendo trejeitos dos primórdios arcaicos
E afundando seus próprios barcos 
Na lama das ilusões...
Hoje, são apenas velhas canções
Do bardo que morreu,
Que um dia será eu...

Rafael Luiz Santos

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